domingo, maio 01, 2011

Contabilize seus gastos e doe sem gastar um centavo!

De fato algumas fórmulas são criadas para o bem, uma delas é a doação de notas fiscais. Você doa o que receberia de volta em imposto e não gasta nenhum centavo além. O processo é muito simples! Aqui vou demonstrar a maneira como, por exemplo, eu faço. Mas você pode modificar o procedimento da maneira que bem entender.

Antes de tudo, é importante que saiba que você estará doando cupons fiscais que você recebe sempre quando faz uma compra e que você não deve registrar o seu CPF quando a vendedora te perguntar "Nota fiscal paulista?", afinal o governo também não precisa saber onde você foi e o que você fez com o dinheiro.

Siga os passos:

1º Passo: Sempre quando eu compro alguma coisa, guardo todas as notas que são entregues a mim, inclusive os comprovantes azuis de cartão. Ta aí minha carteira, que foi comprada na época que eu já imaginava esse propósito.

2º Passo: Quando chego em casa, esvazio minha carteira de papéis e guardo tudo. Neste caso, utilizei uma simpática caixinha feita pela minha tia para mim, conforme imagem abaixo.


Amontoe tudo num lugar só. Não tem problema, quando você tiver um tempo, organize tudo. Eu costumo fazer essa organização sempre aos finais de semana.


3º Passo: A cada fim de semana, quando puder, pegue todos estes papéis amontoados e organize-os. No meu caso comprei uma caixinha de madeira e para cada gaveta eu separei um tipo de nota. A primeira gaveta é dos cupons referentes a combustivel, a segunda eu guardo as notas de almoço, restaurante, lanche e a terceira é a gaveta do meus outros gastos, farmácia, mercado ou algo que eu tenha comprado durante o mês. Nada impede que você tenha mais gavetas e separe os recibos da maneira que lhe for conveniente.


4º Passo: Ao final de cada mês, com os papéis devidamente separados, some e faça a contabilidade de tudo que você gastou. Estes dados, com o tempo, se tornam importantes pois te darão uma visão de como você age com seu próprio dinheiro. Eu utilizo uma planilha de Excel e consegui inclusive criar um gráfico demonstrativo.


5º Passo: Tudo devidamente contabilizado? Então chegou a hora de DOAR. No meu caso, escolhi o GACC (Grupo de Apoio à Criança com Câncer de São José dos Campos). Toda primeira semana de cada mês eu levo todas as minhas notas até lá e coloco dentro de uma caixinha que eles disponibilizam. Esta caixinha você pode encontrar também em supermercados e estabelecimentos da cidade. Confira aqui onde encontrar locais para doação de cupons fiscais.






Você pratica o bem, não gasta nenhum centavo além (isso é bom pros "pão-duros"), doa e pode até salvar vidas! Experimente!

Obs: Se você não mora em São José, faça uma pesquisa no Google de instituições em sua cidade que aceitem a Nota Fiscal Paulista. Acredito eu que hoje em dia, qualquer instituição aceita.

segunda-feira, abril 04, 2011

Jeca: O herói brasileiro

Daí que dia desses tava eu numa loja de conveniência aqui da cidade quando me deparo com um DVD do Mazzaropi --mais um filme que em seguida entraria pra minha coleção. O longa se chama "O Jéca e a Égua Milagrosa" e é o último da vida dele.

Amácio Amadeu Mazzaropi foi um artista que deu certo na vida. Filho de uma família de classe média, oriundo da capital paulista, foi morar em Taubaté ainda pequeno mas logo voltou à cidade grande para seguir sua vocação de artista (de circo e, posteriormente, da TV e de cinema). O maestro da personificação do Jéca --personagem do taubateano Monteiro Lobato, que fazia menção ao rústico homem da lavoura brasileiro do início do século 20, levou para as telas do cinema um tipo bem conhecido e vivido nas terras tupiniquins até bem pouco tempo atrás.

Logo que comecei a assistir as primeiras cenas do filme, pensei: Afinal, quem não tem em sua família um Jéca?

Há quem negue. E se nega, faz isso por culturalmente ligar esse adjetivo a um conceito pejorativo de "peão rústico do mato". (...) Assistindo aos filmes do Mazzaropi, passei a mudar meu ponto de vista sobre esta questão. (...) Jéca é o nosso super-herói! Jéca é o homem do mato oriundo dos sertões brasileiros. Jéca é aquele que não recebeu título de bandeirante do império português, mas esteve lá nas roças, capinando, plantando, colhendo e vivendo sua nobre vida (e porque não!?) de uma nação ainda em processo de constituição.

Jéca é o homem sertanejo adaptado aos costumes urbanos, ao modo de vida Europeu regido pelas teorias democráticas romanas. Jéca é o homem da TV a cabo, da música neo-sertaneja (Chitão & Xororó, José Rico & Milionário, etc.), do CD player turbinado MP3. (...) O Jéca é o homem que, depois de tanto trabalhar, agora finalmente pode dar aos seus filhos um sonho brasileiro, semelhante ao americano capitalista.

O Jéca está por aí, dia após dia, encarnado, atravessando nossa visão todos os dias enquanto caminhamos pelas ruas. O Jéca só mudou sua roupagem, agora o Jéca usa brincos, roupas coloridas, lê livros, se acha o "top" por ter um pouco mais de recurso financeiro e estar em um clã que todos chamam de "classe média". Mas, nem por isso e nem por nada desse mundo, ele deixa de ser um herói.

quarta-feira, outubro 06, 2010

A democracia brasileira - parte 1

Após as eleições muito tem se discutido sobre a vitória de Tiririca, que esteve entre os mais votados candidatos do país.
Não bastasse ele ser provavelmente analfabeto, jornais do mundo todo ressaltam o fato de que ele é o primeiro palhaço profissional eleito a um cargo deste porte no país. Para mim, a profissão dele realmente não importa. Profissão é a ocupação que a pessoa tem em sua vida e isso é pouco condizente com sua personalidade política e valor político.

Tenho presenciado muitas discussões em torno do assunto, principalmente críticas ao atual sistema politico-eleitoral brasileiro. Sinceramente, acho que as coisas, da forma como estão, não estão de todo modo erradas.

Absurdo é levar pro ralo as discussões sobre a democracia brasileira. Afinal... o que é democracia? E qual a finalidade desta teoria? Porque tanta insatisfação e reclamação em torno da democracia?

Democracia é o momento que o povo expressa suas vontades. Mas em nossa cultura, ela é facilmente confundida com o sistema republicano de governo, que para mim são duas coisas distintas. Por exemplo, um rei em uma monarquia absolutista, para proteger seu povo, age com democracia e aprova ou revoga leis baseando-se no apelo popular. Embora ele seja o agente ditador de leis, ele pode ser um democrata e pensar com o povo e para o povo. Isso é democracia! A arte de ser um verdadeiro democrata é agir com zêlo e com a alma limpa lutando pelos interesses gerais e partindo da premissa de trabalhar as leis de modo que elas não prejudiquem, e se prejudicar, que o prejuizo atinja o menor numero de pessoas.

Para termos uma nação democrata não precisamos ter um regime republicano descosturado como o nosso, que mostra a figura do presidente como um superherói ou um antiherói. A democracia é construída por uma nação inteira e os feitos dela também. Não foi Lula quem salvou o Brasil e Tiririca não irá destruí-lo. A "personificação" dos poderes Executivo e Legislativo está na cabeça das pessoas que ainda não entenderam o significado e as diferenças de democracia e de republica.

A super votação de Tiririca e o desprezo dos que não votaram nele, a mim, mostra que o Brasil ainda não largou para trás as práticas do coronelismo político. Tiririca foi uma manobra política para que partidos e pessoas pudessem se valer do votos dele sem gastar um tostão sequer com suas próprias campanhas. E Tiririca é a resposta da democracia descosturada e de uma republica velha que usa uma roupagem nova.

(continua, aguarde)

domingo, agosto 24, 2008

Diferenças sociais brasileiras





Em ano de eleição, soa até político este meu post, mas não posso deixar de comentar a vocês o que aconteceu comigo ontem. Mais uma vez saí com meu pai para demonstrar os produtos que nós desenvolvemos em nossa empresa e como de costume nos reunimos com vários clientes e pessoas importantes.

Ontem estávamos em Vinhedo e lá conhecemos algumas pessoas, entre elas estava um super delegado da Polícia Federal (instituição que realmente manda neste país). Depois da reunião, ele nos levou até a casa dele lá no Alphaville (um dos bairros mais importantes do país, a maioria das pessoas poderosas de nossa nação moram lá). Só gente fina mora lá e ele é vizinho do dono das Casas Bahia (olha só a importância). Uma casa bonita e luxuosa, móveis que eu jamais havia visto na minha humilde vida, fiquei até impressionado! rs... Em cada quarto era uma TV de plasma de ultima geração (e eu que estou programando comprar a minha só em 2010 na Copa! rs). Na mesa, entre risos... comida, a sempre querida comida, talvez essa fosse a única coisa que eu posso dizer que realmente tenho em minha vida e que vi naquela casa. Enfim, foi interessante.





Alguns minutos depois tinhamos que continuar nossa jornada e havíamos programado para ir até um parceiro do meu pai que faz placas de eletronica. Ele mora no subúrbio de São Paulo. O constraste foi imenso. Em um instante estavamos numa casa top de linha do Brasil inteiro, no meio de gente importante e poderosa, no outro instante estávamos no subúrbio, com gente comum. Quando chegamos à casa do amigo do meu pai, passei sobre a mesa e vi, a tão querida comida, sempre igual. Aonde quer que eu vá a comida está lá, sempre igual, com seus temperos diferentes, admito, mas no final, sempre igual.

Moral do post: Não importa aonde você esteja. Você come e arrota da mesma comida, sempre o mesmo arroze feijão. E quando morre, vai pro mesmo hospital e finda sua vida na cova.

segunda-feira, agosto 18, 2008

Rádio Stereo FM, 12 anos.



Há cerca de 12 anos, eu recebia um presente do meu pai que iria mudar minha vida. Um presente que me fez descobrir um mundo dinâmico onde eu pudesse transmitir minhas idéias e visões de mundo. Ele me dera um transmissor de FM.

Aquele aparelho talvez fosse a coisa mais interessante que alguém pudesse ganhar. Imagine só, ter um transmissor de FM numa era pré-internet onde não existia blog, nem YouTube, nem Orkut, nem e-mail! Numa época que para se pensar em ter um telefone, você deveria talvez vender seu carro e desembolsar algo em torno de R$ 15,000. Aquilo era fantástico! O transmissor não era grande coisa e nem potente, pois meu pai sabia que com o então Dentel (hoje Anatel), não podia se mexer. Mas... um jovenzinho de 13 anos realmente se importaria com isso?

A rádio era dinâmica, fiz ao máximo para ser diferente daquela coisa convencional que eram as rádios FM paulistanas daquele momento (que só tocavam o sucesso Tchan). De dia existiam os programas de música popular clássica (algo como Luís Gonzaga, algumas bandas dos anos 70), e no meio de uma música e outra eu entrava, ao vivo, ditando algumas matérias das revistas "Super Interessante" que chegavam mensalmente em minha casa. Como de praxe, eu reservava as noites para o horário nobre. A faixa deste horário começava depois da Voz do Brasil (eu utilizava essa hora preciosa entre 19h e 20h para deixar gravados alguns programas). Sempre gostei dessa coisa de produzir programas, arquivar, programar sua transmissão e levá-los ao ar.

Eu tenho muita coisa gravada. Duas caixas cheias de fitas K7 (sim, naquela época NADA era digital), devidamente organizadas e gravadas, sendo duas delas só de "chamadas". Eu sempre tive a preocupação de criar e organizar chamadas de programas para nunca me atrapalhar quando as informações fossem ao ar. Tudo era devidamente editado com meu rádio K7 e um aparelho que eu mesmo fiz para misturar os sons e forjar uma mesa de som (e olha, até que tudo saiu legal, rs).

Logo abaixo eu apresento uma parte do meu acervo que acabei de remasterizar. São 3 chamadas de uma minisérie de TV que eu gravei em áudio, editei e fiz 20 capítulos de 10 minutos, que iam ao ar de segunda a sexta (sim, o que hoje as rádios fazem, como por exemplo com o Programa do Jô que pode ser ouvido pela CBN, eu já fazia na época :P). Há um detalhe no meio da gravação onde eu digo "alô testando 1,2,3...", esse foi o modo que eu encontrei para testar o volume do som para não deixar nenhum ruído enquanto eu falava, já que eu não tinha equipamentos avançados, nem um "meter" (leia-se miter) para avaliar a intensidade do som.

Espero que gostem!

Ps.: Lembrem-se que eu tinha 11 e 12 anos quando fiz isso. A voz é de criança, as frases são de criança e as idéias são de criança também! rs...

NA SEMANA QUE VEM, TEM MAIS! AGUARRRDE! HAHAHA!

quinta-feira, julho 24, 2008

Jornal Polêmica, 10 anos.

Obs.: A história é verídica.

Quando eu era mais jovem, eu era um garoto cheio de sonhos, com o desejo de seguir em frente e vencer a vida. Ainda não havia passado por frustações de um adulto, não sabia que a maioria das coisas da vida eram tão difíceis. Porém, mesmo assim, a vida me trouxe sorte e força de vontade para fazer algo em prol da minha carreira e do meu aperfeiçoamento profissional.

Certo dia, meu pai chegou em casa com um gravador de mão que ele havia usado numa função lá no serviço dele. Me apaixonei por aquilo. Alguns dias depois saí para a rua e, papeando sobre assuntos daquela época, comecei a gravar as "entrevistas" com as pessoas que topavam na minha frente. Começava então o meu desejo de produzir conteúdo. Um tempo depois, meu pai, percebendo minha paixão em comunicar, resolveu me dar de presente um pequeno transmissor de FM (que ele mesmo fez), e que naquela época era o melhor e mais difícil presente que alguém pudesse ganhar, afinal não tinhamos blog, msn, youtube e cia. Nascia então a Rádio Stereo FM (bem antes da joseense Stereo Vale) que operava na faixa dos 102,1 Mhz das 1h da tarde (logo após o meu almoço pós-escolar) até 20h30. Não era uma rádio pirata, tinha 150 miliwatts de potência e só transmitia para minha rua e algumas outras da vila onde eu morava em São Paulo. Fazia questão de, inclusive, transmitir a Voz do Brasil que até então era obrigatória, e depois havia um programa (devidamente gravado em meus K7) intitulado Visões da Ciência, no qual eu narrava livros de Geografia e História.

Minha sede em produzir material e comunicar não parava por aí. Nos meses seguintes eu produzi uma animação totalmente digital (coisa ainda difícil de se imaginar naquela época pré-internet) que, gravada em VHS, foi distribuída e assistida no meu colégio e em mais 2 escolas estaduais onde um professor meu lecionava, o vídeo falava sobre a importância de se preservar e respeitar
a amizade.



Em outubro de 1997, vivendo minha adolescência entre minha rádio e meus vídeos de TV, resolvi produzir, com um amigo de escola, um jornal de cunho educativo onde um dos principais objetivos era o de transformar o jornal num embrião de um futuro grêmio estudantil. O Jornal Polêmica foi lançado em fevereiro de 1998 e circulou na escola onde eu estudei e em outras escolas estaduais da região sul de São Paulo. O foco do jornal era criar pontos de discussão entre os alunos sobre os temas da atualidade. Para os jornalistas de plantão, o jornal não possuía uma estrutura jornalistica convencional, afinal eu tinha apenas 15 anos (risos).

Para conhecer um pouco do meu trabalho, eis aqui o link para baixarem o número 2 do Jornal Polêmica, lançado em março de 1998. A matéria do jornal foi escrita por mim e a entrevista realizada por mim e meu sócio (risos). A diagramação também foi por minha conta.

Baixe o Jornal Polêmica

Irei digitalizar e remasterizar meus programas em K7 que foram produzidos por mim quase na mesma época do Jornal e os postarei daqui uns dias.

sábado, julho 12, 2008

Bebida

Acabei de chegar de um churrasco onde, mais uma vez, a galera se reuniu e como de costume confraternizou-se um evento especial. Desta vez comemoramos o fim da república de uns amigos, foi um dia especial para mim e certamente será inesquecível.

Esta foi a primeira vez em muito tempo que eu não tomei bebida alcoólica acima do nível considerado. Um copo de cerveja, um copo de vinho tinto seco, um gole de Smirnoff Frutas Cítricas (é isso mesmo! rs) e vários copos de Coca e Guaraná foram suficientes para saciar minha sede. Não me considero um bêbado, eu não bebo fora de festas e churrascos, e estes ocorrem num espaço de tempo longo.

Hoje foi um dos raros momentos onde pude perceber como agem os que estão sob efeito de bebidas alcoólicas, não que eu esteja em um nível superior daqueles que estão entorpecidos, apenas pude perceber determinadas ações de certas pessoas. Essas se livram de uma característica de nossa consciência no qual eu considero por vezes anormal. Tô falando dessa "prisão" e desse "status quo" em que vivemos diariamente. Todos os dias vivendo atrás de "jogos sentimentais" que, após uma dúzia de goles, deixam de existir. O álcool traz inúmeros efeitos negativos, concordo, mas concordo também que o álcool libera a mente. As pessoas ficam mais sensíveis aos sentimentos, deixam transparecer aqueles sentimentos que normalmente não transpareceriam, ora por receio de serem vencidos (a tal da lei natural do mais forte), ora por não revelar o método de almejar aquilo que se espera.

O motivo desse post foi um abraço apertado e fraternal de um amigo querido que, normalmente, lúcido, não faz isto. Foi algo que me emocionou, foi um abraço onde eu entendi o seguinte recado: Considero-te cara, posso não revelar isso mas no fundo é isso que eu sinto.

O agora "santo" álcool libertou-o desta prisão, mesmo que temporariamente.

Ah se inventassem uma pílula que desse esse o mesmo efeito do álcool sem embriagar.